Apartheid - papel de Nelson Mandela

on terça-feira, 23 de março de 2010


É um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento anti-apartheid, como activista, sabotador e guerrilheiro. Considerado pela maioria das pessoas um guerreiro em luta pela liberdade, era considerado pelo governo sul-africano um terrorista. Passou a infância na região de Thembu, antes de seguir carreira em Direito. Em 1990 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz, que foi recebido em 2002.
Mandela envolveu-se na oposição ao regime do Apartheid, que negava aos negros (maioria da população) direitos políticos, sociais e económicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano (conhecido no Brasil pela sigla portuguesa, CNA, e em Portugal pela sigla inglesa, ANC) em 1947, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo (entre outros) uma organização mais dinâmica, a Liga Jovem do CNA/ANC.
Depois da eleição de 1978 dar a vitória aos africânderes Partido Nacional, apoiantes da política de segregação racial, Mandela tornou-se activo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1975) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa antiapartheid.
Mandela e seus colegas apenas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville (21 de Março de 1960), quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, desarmados, matando 69 pessoas e ferindo 180.
Em Agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso e sentenciado a 5 anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Enquanto estava na prisão, Mandela enviou uma declaração para o CNA (e que viria a público em 20 de Junho de 1980) em que dizia: "Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a acção da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!". Recusou trocar a liberdade condicional pela recusa em cessar o incentivo à luta armada, então continuou na prisão até 11 de Fevereiro de 1990, quando por ordem de Frederik Willem de Klerk foi libertado e o CNA foi finalmente legalizado.
Nelson Mandela recebeu em 1959 o Prêmio Internacional Al-Gaddafi de Direitos Humanos.

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