Direitos civis dos negros - papel de Luther King

on terça-feira, 27 de abril de 2010


Martin Luther King foi um pastor protestante e activista político. Membro da Igreja Batista, tornou-se como um dos mais importantes líderes do activismo pelos direitos civis (para negros e mulheres, principalmente) nos Estados Unidos e no mundo, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Foi a pessoa mais jovem a receber o Prémio Nobel da Paz em 1964, pouco antes de ser assassinado. O seu discurso mais famoso e lembrado é "Eu Tenho Um Sonho".
Em 1955 uma mulher negra tinha-se recusado a ceder o seu lugar sentado no autocarro a um passageiro branco, pelo que fora presa por violar a lei da segregação racial. Os activistas negros formaram em Montgomery uma associação com o objectivo de boicotar o trânsito e escolheram Luther King para seu líder. O boicote durou 381 dias e em 1956, o Supremo Tribunal declarou inconstitucional a lei de segregação nos meios de transporte.
Martin Luther King participou da fundação da Conferência de Liderança Cristã do Sul em 1957. Era seguidor das ideias de desobediência civil não-violenta preconizadas por Mohandas Gandhi (líder político indiano também conhecido como Mahatma Gandhi), e aplicava essas ideias nos protestos organizados pelo CLCS.
Ele organizou e liderou marchas a fim de conseguir o direito ao voto, o fim da segregação, o fim das discriminações no trabalho e outros direitos civis básicos. A maior parte destes direitos foi, mais tarde, agregada à lei estado-unidense com a aprovação da Lei de Direitos Civis (1964), e da Lei de Direitos Eleitorais (1965
).
Foi assassinado em 1968 em Memphis.

Apartheid - papel de Nelson Mandela

on terça-feira, 23 de março de 2010


É um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento anti-apartheid, como activista, sabotador e guerrilheiro. Considerado pela maioria das pessoas um guerreiro em luta pela liberdade, era considerado pelo governo sul-africano um terrorista. Passou a infância na região de Thembu, antes de seguir carreira em Direito. Em 1990 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz, que foi recebido em 2002.
Mandela envolveu-se na oposição ao regime do Apartheid, que negava aos negros (maioria da população) direitos políticos, sociais e económicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano (conhecido no Brasil pela sigla portuguesa, CNA, e em Portugal pela sigla inglesa, ANC) em 1947, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo (entre outros) uma organização mais dinâmica, a Liga Jovem do CNA/ANC.
Depois da eleição de 1978 dar a vitória aos africânderes Partido Nacional, apoiantes da política de segregação racial, Mandela tornou-se activo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1975) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa antiapartheid.
Mandela e seus colegas apenas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville (21 de Março de 1960), quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, desarmados, matando 69 pessoas e ferindo 180.
Em Agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso e sentenciado a 5 anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Enquanto estava na prisão, Mandela enviou uma declaração para o CNA (e que viria a público em 20 de Junho de 1980) em que dizia: "Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a acção da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!". Recusou trocar a liberdade condicional pela recusa em cessar o incentivo à luta armada, então continuou na prisão até 11 de Fevereiro de 1990, quando por ordem de Frederik Willem de Klerk foi libertado e o CNA foi finalmente legalizado.
Nelson Mandela recebeu em 1959 o Prêmio Internacional Al-Gaddafi de Direitos Humanos.

Apartheid – papel de Frederik Willem de Klerk


Foi presidente da África do Sul, de Setembro de 1989 a Maio de 1994, sucedendo a Pieter Botha. Foi o último branco a ser presidente. De Klerk foi também o líder do Partido Nacional (advogado e deputado), de Fevereiro de 1989 a Setembro de 1997.
É conhecido por fazer terminar o regime de apartheid, a política de segregação racial da África do Sul, permitindo à maioria dos negros direitos civis iguais aos brancos, asiáticos ou membros de outra qualquer etnia, transformando o seu país numa democracia.
Uma das suas medidas mais notáveis foi a libertação de Nelson Mandela, activista do Congresso Nacional Africano que viria a ser seu sucessor na presidência. As suas acções valeram-lhe a atribuição do Nobel da Paz de 1993, partilhado com Nelson Mandela.